Sobe! Desce! (para meus amigos Araraquarenses)

Não é que eu não goste de monumentos ou fatos históricos, é lembrança afetiva. Sempre achei muito bonita a Praça da Matriz, onde procurávamos um lugar perto da fonte para ver a águia (se você nasceu em Araraquara sabe do que estou falando), ou o Relógio da antiga Fábrica LUPO no Centro (até hoje não consegui subir no mirante...) ou a Igreja Santa Cruz, mas na minha época de criança (não sou tão velho como você pensa...) eu gostava mesmo era da “Escada Rolante da Casas Pernambucanas”. Se você tem um pouco mais de 20 anos, deve saber do que estou falando. Você, sim, você mesmo, me diga que nunca pegou um Trolebus (elétrico) e foi com sua mãe ou avó fazer compras no Centro da cidade, na famosa RUA DOIS, e deu uma entradinha na Pernambucanas só para subir, mesmo sendo apenas um andar, a escada rolante? Pois eu ia. E olha que no segundo andar não tinha nada que eu lembre que fosse de meu interesse! Pensando bem, nem lembro o que havia lá. Mas havia uma escada rolante, a única da cidade. Fantástica obra de modernidade! O futuro estava ali na minha frente e eu subia, descia pela escada normal pois a escada rolante apenas subia, mas já era o bastante. Subia e descia, subia e descia, subia e descia até minha mãe perder a paciência e dar uma bronca. Ai, me escondia e... subia! Depois descia. Mais moderno que isso só as do Shoping de Ribeirão, mas era muito longe. Hoje há vários lugares com várias escadas rolantes, mas no meu tempo de menino, só havia uma: fantástica obra do homem moderno. Ô vida sedentária...